Muitas pessoas ficam em dúvida na hora de fazer suas reservas de emergência, reservas para viagens ou mesmo para reservas para o futuro (aposentadoria, compra de bens, etc) se devem investir em renda fixa, ações, ouro, dólar, etc.
Antes de te contar (e mostrar com dados!) porque você DEVE fazer sua reserva (também) em OURO e DÓLAR, quero te contar um pouco sobre dinheiro, investimento e inflação.
No decorrer da história, o foco sobre onde vale a pena investir mudou bastante, normalmente ele acompanhou os bens que se tornavam mais atrativos ou raros em cada época.
Na Holanda do século XVII encontra-se um dos primeiros e mais curiosos casos. Naquela época, um bulbo da tulipa do tipo Semper chegou a custar o equivalente a uma casa. Muita gente entrou na onda, mas ela foi passageira.
Como podemos então, olhar para o mercado e escolher o melhor investimento?
Bem, uma das respostas é: acompanhando sua trajetória histórica, o que é passageiro e o que é seguro e historicamente forte como moeda de troca.
O álcool e o tabaco, por exemplo, já foram moeda corrente quase oficial nos EUA, no Brasil colonial e na Europa tivemos momento em que a moeda de troca era o sal ou o açúcar.
Diferente do frenesi das tulipas, do álcool, tabaco, sal, açúcar e outros bens de troca, o ouro e o dólar são os que demonstram ser confiáveis e capazes de produzir uma reserva de valor em qualquer lugar do mundo ao longo da história.
O Dólar Americano é hoje a moeda mais aceita no mundo, você pode trocar uma nota de dólar por moeda corrente em praticamente em todos os países do mundo, tanto é que muitos outros países, além dos Estados Unidos, utilizam o dólar como moeda corrente.
O dólar também é referência de valor para tantos outros países, servindo como cotação base para criação de muitas outras moedas, inclusive o Real, lá em 1994, quando criou-se a URV para equipar a nova moeda brasileira ao dólar.
Já o Ouro é mais antigo e mais valorizado, grande parte dos países possuem suas reservas nacionais lastreadas em ouro, ele já era utilizado como moeda e referência de riqueza na antiguidade, basta lembrar do Rei Salomão.
É por isso que tantos investidores tem confiança em utilizar o dólar e o ouro como investimento e reserva de valor. Eles são confiáveis e perenes, não sofrem tantas oscilações como outros investimentos e ‘novas moedas’ como as criptomoedas que estão na moda hoje em dia.
Dólar, Ouro e Inflação no Brasil: o que podemos aprender com o passado
Sempre que falamos de investimento e reserva de valor, aqui no Brasil, temos que levar em consideração a Inflação. Ela corrói o poder de compra do consumidor, e olhando historicamente podemos ver a desvalorização da moeda brasileira e a importância do Dólar e do Ouro como proteção à inflação.
Temos alguns ciclos históricos no Brasil para comparar, e não estou falando nem da época da superinflação (entre 1986 e 2001), vou tratar só do período anterior e posterior.
O quadro abaixo demonstra o período 1970 a 1985:
Entre 1970 e 1985 a inflação acumulada no Brasil foi superior a 1.250%. Observe que neste mesmo período a valorização do dólar foi de 150.000% e a valorização do ouro de 1.260.000%.
Nesta época era comum se referenciar a bens de valor como carros e casas com preços dolarizados, pois era impossível acompanhar o preço na moeda corrente, se você tem mais de 40 anos você vai se lembrar do que estou falando.
Agora, observe o quadro comparativo de 1994 e 2021:
Note que o dólar apresentou uma valorização de 520% nesse período, passando de R$ 1,00 (um Real) em 1994 para um custo médio de R$ 5,20 (cinco reais e vinte centavos) em julho de 2021. Acompanhando de perto a inflação, que foi de aproximadamente 520% nestes 27 anos.
Já em relação ao Ouro, a valorização de 1994 até aqui (julho 2021) foi de aproximadamente 2585%, ou seja, um excelente ganho real acima da inflação, garantindo e ampliando o poder de compra de quem mantém o metal em seus investimentos.
Devo lembrar que o Ouro é o porto seguro dos investidores em momentos de crise e que não deve ser considerado como um investimento de curto prazo. Na crise, normalmente quando as bolsas caem, o Dólar Americano sobe e o ouro sobe mais ainda.
Então qual a melhor opção para se investir em reserva de valor em 2021?
Se você ainda acredita que teremos muitos momentos turbulentos pela frente, devido a questões políticas, sanitárias e econômicas, e vive, como eu, no Brasil, um país que não tem uma moeda forte, eu só lhe deixo o conselho de Ray Dalio, o “Steve Jobs” das finanças:
“Quem não tem ouro em seu portfólio, ou não entende de economia ou não entende de história.”
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Quer saber mais sobre reservas em ouro, dólar e mercado financeiro?
Eu começo indicando o livro “Princípios”, de Ray Dalio, que é tido como um bestseller da área, onde ele ressalta a necessidade de você ter uma posição em ouro.
Outra leitura que recomendo sobre o assunto é o livro “Crash: uma breve história da economia – da Grécia Antiga ao século XXI”, do autor Alexandre Versignassi. Alguns conteúdos citados acima foram tirados desses dois livros.
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